quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Gerais e reticências...

Após alguns dias sem postar, volto com algumas mal-traçadas notas. Peço desculpas pelo lapso e prometo voltar às postagens diárias.

Inicio com algumas pautas que deram o que falar durante a semana:

* A celeuma da Adutora e a Assembléia Legislativa do RN: Finalmente, para nossa sorte, o projeto que trata acerca da adutora de Mossoró e da ampliação do sistema de abastecimento de água da região, foi aprovado. Após toda uma celeuma, em sessão extraordinária, o projeto foi votado e aprovado na Segunda, dia 11. Por conchavo, conluiu político, visando o pleito de 2010, a questão da adutora de Mossoró ficou fora da pauta da sessão anterior a do dia 11. Com a pressão da sociedade, e grande esforço de blogueiros e twitteiros, uma nova sessão foi convocada, culminando com a aprovação do projeto. Dos 20 deputados presentes à sessão 19 votaram em favor da matéria. O voto discordante foi o de José Dias (PMDB). Zé Dias já havia obstado a pauta na primeira sessão e mostrou-se novamente indiferente a causa da adutora e do povo de Mossoró e região, que há tanto tempo padece com a escassez, falta e má qualidade da água. É deveras uma obra que beneficia quase trezentas mil pessoas. ÁGUA é vida!

* Revolução "internética": Volto a reiterar que o Twitter e a Blogosfera (principalmente o primeiro, pelo modo peculiar no que diz respeito a interação entre os sujeitos) são revoluções dentro da revolução que foi a internet. A pujança dessas ferramentas e o poder de mobilização que eclode destas vem surpreendendo até os mais céticos. Que assim continue a ser, e que usemo-nas com sabedoria e inteligência.

Diferentemente da imprensa "tradicional", onde impera a subserviência, o jornalismo politiqueiro e vendido, o espaço virtual é independente, permite autonomia e ganha relevância diante do aumento do número de leitores, sobremaneira os de jornais, que passam a enxergar uma imprensa maculada, movida por interesses escusos e particulares, e não mais como facilitadora ou mediadora dos debates e embates, mas como parte interessada na "história" ($$$).

* Haiti: A tragédia no Haiti vem causando grande comoção mundial. Não poderia ser diferente diante de tamanho estrago e das centenas de milhares de vidas perdidas. Acontece que o Haiti sempre foi renegado, preterido. A despeito das ações da ONU (que também utiliza o país como celeiro para experiências, vide o caso do próprio exército brasileiro), sua população, a grande parte dela, vive com menos de R$ 50,00, numa situação de extrema pobreza e penúria. Falta-lhes tudo, sobremaneira agora. Nessa mesma tragédia o Brasil, o mundo, na verdade, perdeu uma de suas maiores e mais obstinadas ativistas: Zilda Arns. Médica, criadora da Pastoral da Criança e do Idoso, além de participar de vários outros projetos e atuar em 11 países, lutar avidamente contra a fome e por condições melhores para os mais carentes e necessitados, Zilda foi acima de tudo exemplo de humanista e de ser humano. Uma mulher iluminada, que muito nos orgulha, cujo trabalho social suplantou fronteiras e contribuiu para a melhoria de vida de milhões de pessoas, sobretudo crianças. Perdemos também diversos compatriotas, irmãos de pátria, que serviram sua nação através do Exército brasileiro. Que descansem em paz.

A pobreza, as disputas políticas, e as propensões à insurreição são apenas alguns dos óbices enfrentados pela gente humilde do Haiti, cuja situação é desesperadora. Indubitavelmente, independente das ajudas recebidas e da vida que prossegue, o triste fato deixará cicatrizes profundas no povo haitiano, já tão marcado pelas chagas do sofrimento. Que dias melhores e prósperos possam dar a luz.

* "Amarelinhos": Não bastassem as perseguições, represálias e a imposição de regime militar provenientes do Palácio da Resistência, os agentes de trânsito (amarelinhos) do município vêm encontrando resistência em meio a sociedade mossoroense. Depois do caso do "apresentador" de TV que ameaçou toda a classe, com direito inclusive a uma apologia gratuita à violência, ontem foi a vez do "nobre edil" Chico da Prefeitura afrontar toda a classe de agentes, em frente ao Getran, com brados e despropérios. Acontece que algumas "figuras" mossoroenses estão mais que acostumadas a prerrogativas, privilégios em virtude do ofício que exercem ou cargo que ocupam. "Jornalistas", "políticos", juízes, promotores, advogados, profissionais liberais etc, com as devidas exceções, claro, até porque generalizar seria um erro pueril, ao se depararem com um novo cenário, composto por regras que servem para todos, não conseguem assimilar, muito menos admitir serem tratados como os demais. Entretanto, é o que tem que ser feito! A equidade e a ética devem nortear o trabalho de todos. Chega de benefícios, privilégios e "jeitinho brasileiro". Os agentes de trânsito municipal estão de parabéns pelo excelente - e mais que necessário - trabalho que vêm desenvolvendo e pela postura ética em suas atuações e autuações. Como complemento indico a leitura dos comentários do jornalista Carlos Santos (AQUI) e dos próprios agentes de trânsito (AQUI).

Mais a frente prometo escrever um ensaio breve abordando essa questão do "jeitinho brasileiro" numa perspectiva socio-antropológica.


* OSCAR FILHO, do CQC, em Mossoró: Continuamos o trabalho de produção para o STAND-UP COMEDY com o OSCAR FILHO, do CQC. Será o primeiro evento da Detonação Produções em 2010. O evento acontecerá dia 06 de Março, às 20h, no Teatro Dix-Huit Rosado. A abertura ficará a cargo do grande poeta, cordelista e amigo ANTONIO FRANCISCO. Em breve estaremos anunciando a venda de senhas. O evento promete uma noite de muita alegria, diversão e entretenimento, além de casa cheia! Avante!

Mas, afinal, o que é STAND-UP COMEDY? Abaixo um pequeno texto que lhe ajudará a compreender:

Stand-Up Comedy é um espetáculo de humor executado geralmente por apenas um comediante. O humorista se apresenta em grande parte das vezes em pé (daí o termo ’stand up’), sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. Também chamado de humor de cara limpa, termo usado por alguns comediantes. O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia-a-dia e do cotidiano. Praticamente qualquer coisa pode ser usada como ingrediente na comédia stand-up. Muitos comediantes trabalham durante anos para lapidar 60 ou 70 minutos de material humorístico, que normalmente executam aos pedaços várias e várias vezes, aperfeiçoando lentamente cada piada com o passar do tempo.
O estilo é considerado por muitos um dos gêneros mais difíceis de se executar e dominar, talvez porque o artista em cena esteja desarmado, despido de personagens, apresentando suas idéias à respeito das coisas do mundo, e ainda esteja à mercê da platéia: não raro deve-se ajustar rapidamente sua apresentação de acordo com o humor e gosto de uma platéia específica.

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